Devo desde já dizer que retirei os excertos que se seguem dum texto que encontrei num blog que costumo visitar, espero que a autora não se importe, mas realmente só posso concordar com o que a mesma escreveu (Confissões de mulher).
Oram seguem alguns excertos, e digam-me lá se isto não tem um certo quê de razão.
"Chuto no cú
Há merdas em que nós, gajas, somos lixadas.
E lixadas para nós.
Não há nada que nos deixe mais presas, mais pelo beicinho, mais apaixonadas, que um bom chuto no cú.
Se o tipo é dos porreiros e até se mostra disponível, é um tonto, um cão, alguém cuja importância sublimamos porque se mostra presente, em nossa opinião, demasiado presente.
Se vem um outro, que a páginas tantas, nos começa a dar chutos no traseiro escamuteados seja pelo que fôr, é ver-nos, de coração em punho, ostentando uma bandeira de amor, excepto a do amor próprio.Ora, isto a mim parece-me que não é uma boa receita para a felicidade.
Quando é que nos tornámos estas mulheres pequeninas?
E não me lixem, todas nós já passámos por isto, uma vez que seja.
(...)
Porque é que insistimos quando o sinal de «proibido circular» nos é mostrado do outro lado?
Nunca vou entender esta particularidade que é, sobretudo, feminina.
Nós, gajas, mais ou menos modernas, mais ou menos vividas, gostamos de um bom pontapé no cú.
E ficamos lá até o nosso amor se confundir com as pedras da calçada.
(...)
Há alguma coisa mais irritantemente estúpida do que isto? Há. Permanecer no erro.
Lembram-se do anúncio do leite? Vamos costumizá-lo. Se ele não gostar de mim, quem gostará? E a resposta é, e deverá ser sempre: ui, tanta gente…"